Brasileiros gastam 27,9% de sua renda anual com alimentação fora de casa

  • As refeições fora de casa estão associadas ao maior consumo de alimentos ultraprocessados.

No Brasil, as famílias com maior renda e escolaridade são as que mais destinam anualmente o orçamento para despesas com alimentação fora de casa, chegando a 27,9% em alguns casos. (1)

Tal comportamento não é apenas consequência direta das mudanças no estilo de vida urbano, caracterizado por longas jornadas de trabalho e dificuldades no preparo de alimentos em casa, mas também reflexo das preferências alimentares da população.

Neste contexto, a alimentação fora de casa, geralmente associada a opções menos saudáveis, tem demonstrado uma clara ligação com o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. Esses produtos, caracterizados pela alta densidade energética e baixo valor nutricional, têm substituído alimentos tradicionais como o arroz e o feijão na dieta brasileira.

Em particular, os alimentos servidos em restaurantes e cadeias de fast food contêm frequentemente níveis elevados de gorduras saturadas, sódio e açúcares, embora sejam pobres em fibras, vitaminas e minerais essenciais. Este desequilíbrio nutricional não só afeta a qualidade da dieta, mas também contribui para o aumento da prevalência de doenças crónicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Um estudo para avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados ​​entre adolescentes, adultos e idosos, realizado na cidade de Teresina, Piauí, em 2021, sustenta que o grupo populacional que mais consome alimentos ultraprocessados ​​são os adolescentes e este “ pode estar relacionada à frequência com que comem fora de casa, pulam refeições ou as substituem por preparações industrializadas de fácil acesso, como o “fast food”.

E de acordo com os dados de consumo interno da referida pesquisa, entre os alimentos ultraprocessados ​​mais consumidos de 2017 a 2018, destacam-se salsichas (2,5%), biscoitos/doces (2,1%), bolachas salgadas (1,8%), margarina. (1,8%), bolos/tortas doces (1,5%), pães (1,3%) e doces em geral (1,3%). (2)

Fontes

  1. Evolução de curto prazo dos gastos com alimentação fora de casa no Brasil. Saúde (i) Ciência. https://www.researchgate.net/publication/335032532_Evolucion_a_corto_plazo_de_los_gastos_en_alimentacion_fuera_del_hogar_en_Brasil
  2. Consumo de alimentos ultraprocessados ​​entre adolescentes, adultos e idosos de uma capital do Nordeste do Brasil. Sociedade Chilena de Nutrição. https://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0717-75182021000600884&script=sci_arttext&utm_source=

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