• A OMS sugere não exceder 2 g por dia
No Brasil, a ingestão média de sódio é de 3,74 g por dia, quase o dobro da recomendação internacional, e mais de 47.000 mortes são causadas por essa causa a cada ano. Isso representa aproximadamente US$ 195 milhões em custos para o sistema nacional de saúde, bem como US$ 827 milhões em perda de produtividade devido a mortes prematuras.
Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que o consumo diário de sódio não deve ultrapassar 2 gramas (equivalente a 5 gramas de sal). Entretanto, na maioria dos países, as pessoas consomem o dobro dessa quantidade.
E de acordo com o estudo “Consumo de Sal/Sódio no México e Experiências na América Latina”, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública do México, a principal fonte de sódio na dieta dos brasileiros é o sal adicionado, embora o Guia Alimentar para a População Brasileira recomende seu uso em pequenas quantidades. (1)
Por sua vez, um artigo da Revista Panam Saúde Pública relata que, nos lares brasileiros, as principais fontes de sódio na dieta foram o sal e os condimentos à base desse ingrediente (76,2%), os alimentos industrializados com adição de sal (15,8%), os alimentos industrializados sem adição de sal (6,6%) e os alimentos prontos para consumo (1,4%), distribuição que varia conforme a localização do domicílio e a renda familiar. (2)
Especialistas apontam que consumir muito sódio aumenta a pressão arterial, o que eleva o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. E eles afirmam que também está relacionado à obesidade, câncer gástrico, osteoporose, síndrome de Ménière e doença renal.
Para reduzir a carga de doenças não transmissíveis, a OMS sugere, entre outras coisas, reformular os produtos alimentares para que contenham menos sal; Estabelecer um ambiente propício em instituições públicas, como hospitais, escolas e locais de trabalho, para oferecer opções com menos sódio; a implementação de rotulagem frontal da embalagem e campanhas que incentivem a mudança comportamental.
A organização internacional também recomenda comer principalmente alimentos frescos, escolher produtos com baixo teor de sódio, cozinhar com pouco ou nenhum sal, limitar o uso de molhos comerciais, temperos, produtos instantâneos e alimentos processados, e remover os saleiros das mesas. (3)
Fontes
- Instituto Nacional de Saúde Pública, 2022. “Consumo de sódio no México”. https://insp.mx/resources/images/stories/2022/docs/220317_Consumo_de_sal_sodio_Mexico.pdf
- Revista de Saúde Pública do Panamá. Iniciativas desenvolvidas no Brasil para reduzir o teor de sódio. https://scielosp.org/pdf/rpsp/2012.v32n4/287-292/es#:~:text=Adem%C3%A1s%2C%20en%20diferentes%20an%C3%A1lisis%20del,ese%20l%C3%ADmite%20diario%20(23).
- Organização Mundial da Saúde (OMS), 2024. “Redução de sal”. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/salt-reduction
