Uma fatia de pão pode conter até 160 miligramas de sódio

• Este produto está carregado de conservantes, açúcares e sódio, o que o torna uma escolha menos nutritiva do que se imagina.

O pão de forma é um alimento básico em muitas dietas, apreciado por sua conveniência e versatilidade, além de ser uma das principais escolhas dos consumidores brasileiros.

Uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) mostrou que as famílias consomem carboidratos pelo menos quatro vezes por semana e é no café da manhã que mais o fazem.

No Brasil, a panificação e confeitaria têm experimentado um crescimento notável. No que diz respeito ao consumo de pão, a média nacional cresceu 3,26% em relação a 2021, destacando-se a venda de pão francês com 2,03 milhões de toneladas comercializadas, seguido pelos pães macios ou artesanais (1,073 milhões de toneladas), os pães industrializados (648 milhões de toneladas), os bolos (365 milhões de toneladas), os pães crocantes (198 milhões de toneladas) e os croissants e folhados (58 milhões de toneladas), somando 5,917 milhões de toneladas para um país com 215.586.573 habitantes, segundo a revista especializada PanArte.

Este alimento, muitas vezes, está carregado de conservantes, açúcares e sódio, o que o torna uma escolha menos nutritiva do que se imagina.

Muitos pães de forma populares contêm conservantes para prolongar sua validade, bem como açúcares e sódio para melhorar seu sabor e textura. Uma única fatia de pão de forma pode conter até 160 miligramas (mg) de sódio, o que equivale a 8% e 10,5% do sódio total recomendado para um adulto e uma criança, respectivamente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O consumo excessivo desses ingredientes pode contribuir para o desenvolvimento de hipertensão, resistência à insulina e outros problemas de saúde. Um estudo apresentado no Congresso Internacional de Obesidade 2024 destaca que o consumo frequente de produtos com alto teor de sódio está relacionado a um maior risco de doenças cardiovasculares.

Estima-se que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), incluindo as doenças cardiovasculares, representem quase três quartos (74%) do total de mortes de adultos no Brasil.

Fontes

1. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), “Alimentos Ultraprocessados na América Latina: Vendas, Composição Nutricional e Políticas Públicas”. 
2. Congresso Internacional de Obesidade 2024, São Paulo, Brasil.
3. SCC10. O pão está entre os alimentos mais consumidos no Brasil. https://scc10.com.br/es/saude-bem-viver/gastronomia/pao-esta-entre-os-alimentos-mais-consumidos-no-brasil/
4. PanArte. https://www.panarte.cl/post/pan-franc%C3%AAs-el-gran-%C3%A9xito-del-crecimiento-de-la-panader%C3%ADa-brasile%C3%B1a#:~:text=En%20cuanto%20al%20consumo%20de,toneladas)%2C%20los%20pasteles%20(365
5. World Heart Federation. https://world-heart-federation.org/wp-content/uploads/2021/05/WHF-Cardiovascular-diseases-in-Brazil-Spanish.pdf
6. OMS (2013). Ingestão de sódio em adultos e crianças. 2018, do site da OMS: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/85224/WHsequence=1